Foto: Wesley D'Almeida/PCR
Texto por Bárbara Franco
Faça sol ou chuva, de segunda a sábado a rotina é a mesma no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua da Hora, trecho por onde passam quase 27 mil veículos por dia. Um ponto amarelo se destaca neste trecho, e não é somente por causa da roupa característica de todo orientador de trânsito. Marcos Luiz da Silva, 46 anos, vai além da obrigação de melhorar o tráfego de veículos na cidade. Com simpatia e sorriso estampado no rosto, ele usa especialmente uma de suas qualidades para garantir que todo mundo consiga chegar no seu destino com tranquilidade: a educação.
“Foi com os meus pais que aprendi a ser gentil, a tratar bem as pessoas e a pedir as coisas sempre com educação”. O trânsito em grandes cidades acaba sendo desgastante. E essa sensação não atinge somente quem está atrás do volante, a correria acompanha todo mundo que circula pelas ruas. A gentileza de Marcos no meio do trânsito provoca bem-estar nas pessoas. Um gesto positivo com as mãos em sinal de agradecimento, um olhar atencioso para um pedestre que precisa de ajuda para atravessar a faixa, são detalhes que fazem a diferença. “Realmente amo o meu trabalho, hoje não me vejo fazendo outra coisa”.
A simpatia de Marcos é tanta que, no último rodízio de pontos, que é quando os orientadores são realocados, os frequentadores daquele trecho reclamaram e pediram Marcos de volta. “Eu gosto de ajudar. Se o que eu faço aqui melhora, nem que seja um pouco, o dia de cada um, já fico contente”. Recentemente, foi citado por uma comunicadora de uma rádio local e nas redes sociais. E a dica dele é simples: “Não tem nada melhor do que tratar bem o próximo; fazendo isso, não tem como a vida ser ruim”.